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Dogmas Marianos: a presença de Maria nas Escrituras e seu fundamento bíblico

Atualizado: 26 de ago.


Por Equipe Bom Dia América • Atualizado em 25 ago 2025

Representação artística de Maria com pergaminho, simbolizando sua presença na Bíblia
Maria e as profecias bíblicas.

Presença de Maria nas Escrituras é a chave para compreender por que Maria atravessa séculos de fé e debate. Mais que devoção, trata-se de base bíblica: da promessa em Gênesis ao cumprimento nos Evangelhos, a Escritura posiciona Maria na economia da salvação. Com tom jornalístico e analítico, este artigo demonstra como profecias, cânticos e narrativas sustentam os dogmas marianos e por que o tema mantém alta intenção de busca e valor cultural. A seguir, dados textuais e referências teológicas mostram que a presença de Maria nas Escrituras oferece um eixo de leitura coerente para a tradição cristã, útil para pesquisadores, educadores e leitores em geral.

Presença de Maria nas Escrituras e sua relevância teológica


A leitura literária e histórica indica que a presença de Maria nas Escrituras não é episódica. Em Gênesis 3,15, a “mulher” em inimizade com a serpente é tomada pela tradição como prenúncio da nova Eva. Em Lucas 1,28, a saudação “cheia de graça” sugere plenitude do favor divino, base para a Imaculada Conceição e para a santidade singular. Esses textos, lidos em continuidade com a cristologia, estruturam a teologia mariana: Maria está onde o Verbo assume a carne, inaugurando um horizonte soteriológico que envolve corpo, história e culto.


Profecias do Antigo Testamento e cumprimento no Novo


Isaías 7,14: o sinal da virgem

O oráculo de Isaías 7,14 — “a virgem conceberá e dará à luz um filho” — é citado em Mateus 1,23 para sublinhar que, em Jesus, Deus está conosco. A tradição reconhece em Maria o espaço do Emanuel. Assim, a presença mariana não surge por adição tardia, mas como fio que liga a esperança de Israel ao Messias. Esse diálogo intertextual ilumina a leitura devocional sem a substituir, qualificando-a.


O Magnificat como chave hermenêutica

O Magnificat (Lc 1,46–55) condensa temas da aliança: misericórdia, reversão de expectativas e fidelidade divina. Longe de ser apenas hino de louvor, o cântico oferece gramática para interpretar a história. Nessa perspectiva, a presença de Maria nas Escrituras implica ética pública: exalta os humildes, chama à justiça e desloca a idolatria do poder, mantendo atualidade em contextos de desigualdade e crise.


Dogmas marianos à luz da Bíblia


Virgindade perpétua e singularidade da maternidade

Em Mateus 1,25, “não a conheceu até dar à luz” é lido pela patrística como salvaguarda da virgindade. A hermenêutica sublinha a singularidade da maternidade divina. Desse modo, a presença de Maria nas Escrituras oferece fundamento para entender os dogmas não como acréscimos, mas como desdobramentos coerentes do testemunho bíblico.


Assunção e dignidade do corpo

Embora a Assunção de Maria não apareça de forma explícita no texto canônico, a tradição a lê em consonância com a vitória de Cristo sobre a morte. Teólogos como Congar mostram que a comunhão única de Maria com o Filho sustenta a esperança escatológica. A presença de Maria nas Escrituras, portanto, orienta uma visão integral do corpo e da história, na qual graça e matéria não se opõem.


Por que a presença de Maria nas Escrituras inspira hoje?


Em tempos de ceticismo e ruído informacional, a presença de Maria nas Escrituras propõe um itinerário de confiança, humildade e compromisso com os vulneráveis. Ao atualizar a memória bíblica na cultura digital, comunidades encontram linguagem para diálogo com ciência, política e vida cotidiana, evitando reducionismos devocionais e estéreis polarizações. Essa presença bíblica sustenta espiritualidade crítica e hospitaleira, formando imaginários de paz e justiça.

Conclusão: a presença de Maria nas Escrituras hoje


Das profecias ao cântico, a presença de Maria nas Escrituras estrutura a fé cristã: ilumina dogmas, orienta a devoção e inspira responsabilidade pública. Entre tradição e contemporaneidade, Maria permanece sinal de esperança e critério de leitura do agir de Deus na história. Ao reconhecer essa presença, leitores encontram razões para crer, celebrar e agir.


Referências

BÍBLIA SAGRADA. Tradução da CNBB. São Paulo: Paulus, 2002.

CONGAR, Yves. A verdadeira e a falsa reforma da Igreja. São Paulo: Paulinas, 2004.

RATZINGER, Joseph. Filho de Deus, Filho de Maria. Petrópolis: Vozes, 1999.


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