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Milei muda regras para estrangeiros na Argentina: o que você precisa saber



Ilustração de Javier Milei em frente `bandeira da Argentina, com expressão séria, ao lado de um caetão de residência , representando as novas regras de imigração para estrangeiros(DALL-E OpenAI)
Ilustração de Javier Milei em frente `bandeira da Argentina, com expressão séria, ao lado de um caetão de residência , representando as novas regras de imigração para estrangeiros(DALL-E OpenAI)

Desde sua eleição, o presidente argentino Javier Milei tem promovido reformas radicais em diversas áreas. Uma das mais polêmicas é a alteração nas regras de imigração para estrangeiros que desejam morar na Argentina.


A seguir, entenda o que mudou, quem é afetado, e como isso impacta brasileiros e outros latino-americanos interessados em viver no país vizinho.


O que mudou nas regras de imigração?


No início de 2025, o governo Milei implementou um novo decreto que revoga benefícios migratórios concedidos a estrangeiros e endurece os critérios para permanência legal.


Principais mudanças:


Exigência de comprovação financeira mais rigorosa;


Prazos mais curtos para regularização migratória;


Revisão de status de residência temporária já concedida;


Expulsão sumária de imigrantes com antecedentes criminais;


Suspensão de benefícios sociais para estrangeiros não naturalizados.



Essas medidas visam, segundo o governo, “proteger os recursos do Estado argentino” e garantir a “segurança nacional”.


> "Não podemos permitir que o sistema continue beneficiando quem entra de maneira irregular", declarou Milei em coletiva de imprensa em abril de 2025.


Por que essas medidas foram adotadas?


O argumento principal do governo é que a Argentina enfrenta uma crise fiscal severa, com cortes em todos os setores — da saúde à educação.


Milei tem como bandeira a redução do gasto público, e parte disso envolve conter o número de estrangeiros que, segundo ele, utilizam serviços sociais sem contribuir proporcionalmente para o sistema.


Além disso, o presidente cita preocupações com a segurança pública e afirma que há “falhas no controle de fronteiras que favorecem redes criminosas”.


Quem será mais afetado?


Grupos mais vulneráveis:


Imigrantes de países vizinhos como Bolívia, Paraguai e Peru;


Brasileiros sem visto permanente;


Solicitantes de refúgio e residência provisória;


Estrangeiros em situação irregular há mais de 6 meses.



Segundo dados da Dirección Nacional de Migraciones (DNM), cerca de 1,8 milhão de estrangeiros vivem atualmente na Argentina, e ao menos 400 mil estão em situação precária ou irregular.


Como se regularizar agora?


Se você deseja morar na Argentina ou já vive no país, é fundamental conhecer os novos trâmites. Veja o passo a passo atualizado:


1. Agendar atendimento na DNM via www.argentina.gob.ar/interior/migraciones;



2. Apresentar:


Passaporte válido;


Comprovante de renda ou emprego;


Comprovante de endereço;


Antecedentes criminais do país de origem e da Argentina;




3. Solicitar residência temporária ou permanente, dependendo do perfil;



4. Evitar ultrapassar os prazos para legalização, sob risco de deportação.


E os brasileiros?


O Brasil tem um acordo de livre residência com a Argentina no âmbito do Mercosul, mas as novas regras tornam o processo mais burocrático, mesmo dentro do bloco.


Dica:


Mantenha seus documentos em dia, especialmente se estiver com visto de estudante ou trabalho.


Para quem pretende estudar na Argentina, recomendamos garantir aprovação em universidades reconhecidas e manter regularidade junto ao sistema migratório.


Opiniões divergentes


Organizações de direitos humanos criticam as novas medidas. O Centro de Estudos Legais e Sociais (CELS) emitiu nota dizendo que as novas regras podem “aumentar a xenofobia e dificultar o acesso de famílias em situação de vulnerabilidade”.


Já defensores da política de Milei alegam que “todo país tem o direito de estabelecer critérios soberanos de entrada e permanência”.


Conclusão: prepare-se antes de migrar


Morar na Argentina continua sendo um sonho para muitos brasileiros, mas agora exige mais planejamento e atenção às exigências legais.


Se você está considerando essa mudança, busque orientação jurídica e informe-se nos canais oficiais do governo argentino.


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Referências:


ARGENTINA. Dirección Nacional de Migraciones. Disponível em: https://www.argentina.gob.ar/interior/migraciones. Acesso em: 15 maio 2025.


CELS. Centro de Estudios Legales y Sociales. Nota oficial sobre política migratória. Buenos Aires, 2025.


MILEI, Javier. Discurso sobre imigração. Casa Rosada, abril de 2025.


MERCOSUL. Acordo de Residência para Nacionais dos Estados Partes. Montevidéu, 2002.

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