Ranking Forbes: As 15 Melhores Empresas Para Trabalhar nas Américas
- Antonio Carlos Faustino

- 17 de out.
- 8 min de leitura
Como observadores atentos da realidade das Américas, no Bom dia, América! trazemos mais que análises políticas e econômicas: buscamos compreender como se constroem ambientes que inspiram pessoas e transformam carreiras. Hoje, voltamos nosso olhar para o mais recente ranking da Forbes, uma referência internacional que aponta quais companhias oferecem experiências de trabalho marcantes no continente.
Mas afinal, como se mede o “melhor lugar para trabalhar”? Não se trata só de salários, mas de algo mais amplo, clima organizacional, oportunidades de crescimento, programas de diversidade e, também, reconhecimento genuíno dos funcionários. Cada nome listado traduz uma mistura especial de cultura, recompensas, propósito e qualidade de vida.
Como o ranking da Forbes é construído?
O levantamento é realizado de maneira colaborativa. A Forbes, junto com parceiros independentes de pesquisa de mercado, aplica milhares de entrevistas com funcionários de empresas de grande, médio e pequeno porte em todo o continente americano. Essas pessoas respondem sobre o orgulho de pertencer à organização, a disposição para recomendar seus empregadores e o grau de satisfação com diferentes aspectos do ambiente laboral. Somam-se elementos como:
Benefícios oferecidos (planos de saúde, flexibility, home office, etc.)
Oportunidades de aprendizado contínuo
Programas de inclusão e respeito às diferenças culturais
Além disso, são consideradas menções espontâneas dos entrevistados – tanto elogios quanto críticas. Tudo resulta em uma lista anual aguardada tanto por profissionais que buscam novas oportunidades como por gestores que desejam criar ambientes mais saudáveis. E, claro, para quem, como nós do Bom dia, América!, busca refletir sobre tendências e trajetórias surpreendentes no universo do trabalho.
As melhores empresas para trabalhar unem talento, propósito e respeito.
As 15 melhores empresas para se trabalhar nas Américas em 2024
O ranking de 2024 traz diversidade. Da tecnologia à saúde, passando por bancos, varejo e indústria de consumo, vemos o quanto o mercado de trabalho das Américas se reinventa e surpreende. A seguir, apresentamos as companhias mais bem posicionadas, com informações práticas sobre porte, país de origem e segmento, abrindo uma janela para o universo corporativo que se destaca em nossos dias.
Salesforce (Estados Unidos) Setor: Tecnologia (CRM e cloud computing)
Colaboradores: Aproximadamente 73 mil
Diferencial: Destaque para cultura de voluntariado e programas sociais internos.
Natura &Co (Brasil) Setor: Cosméticos e sustentabilidade
Colaboradores: Cerca de 35 mil
Diferencial: Políticas ambientais, inclusão e bem-estar.
Google (Estados Unidos) Setor: Tecnologia e internet
Colaboradores: Mais de 180 mil
Diferencial: Liberdade criativa, clima descontraído, suporte à saúde mental.
Banco Itaú Unibanco (Brasil) Setor: Bancário/Financeiro
Colaboradores: Aproximadamente 100 mil
Diferencial: Ações internas de diversidade, pacote de benefícios, capacitação contínua.
Mercado Livre (Argentina) Setor: E-commerce e tecnologia financeira
Colaboradores: Cerca de 40 mil
Diferencial: Ritmo inovador, participação nos lucros e liberdade para sugestões.
Johnson & Johnson (Estados Unidos) Setor: Saúde e farmacêutica
Colaboradores: Mais de 144 mil
Diferencial: Planos de carreira, equilíbrio vida-trabalho, atenção à família.
Cisco Systems (Estados Unidos) Setor: Tecnologia (infraestrutura e redes)
Colaboradores: Aproximadamente 83 mil
Diferencial: Flexibilidade extrema, foco em inovação colaborativa.
Grupo Bimbo (México) Setor: Alimentos e panificação
Colaboradores: Mais de 133 mil
Diferencial: Inclusão social, programas antidiscriminatórios.
Accenture (Estados Unidos/Brasil/Internacional) Setor: Consultoria e tecnologia
Colaboradores: Cerca de 738 mil mundialmente, grande presença nas Américas
Diferencial: Programas de diversidade e autonomia profissional.
Banco do Brasil (Brasil) Setor: Financeiro
Colaboradores: Aproximadamente 90 mil
Diferencial: Políticas de liderança inclusiva e promoção de talentos internos.
FedEx (Estados Unidos) Setor: Logística e transporte
Colaboradores: Cerca de 500 mil
Diferencial: Valorização do desenvolvimento pessoal e meritocracia.
Magalu (Brasil) Setor: Varejo e tecnologia
Colaboradores: Mais de 50 mil
Diferencial: Políticas de diversidade, principalmente com jovens aprendizes e acesso à educação.
Unilever (Reino Unido/Brasil/Américas) Setor: Alimentos, cosméticos, limpeza
Colaboradores: Mais de 149 mil
Diferencial: Compromisso ambiental e desenvolvimento de lideranças femininas.
P&G (Estados Unidos) Setor: Bens de consumo
Colaboradores: Aproximadamente 101 mil
Diferencial: Equilíbrio entre vida profissional e pessoal, plano de carreira robusto.
PepsiCo (Estados Unidos) Setor: Alimentação e bebidas
Colaboradores: Aproximadamente 309 mil
Diferencial: Cultura de respeito, processos ágeis de promoção interna.
O que diferencia as empresas mais desejadas?
A análise dos depoimentos de funcionários e dados das pesquisas utilizadas pela Forbes revela padrões claros. Quem figura nos primeiros lugares, geralmente aposta em três grandes frentes:
Valorização do indivíduo: Suporte psicológico, flexibilidade de horários, possibilidade de trabalho remoto e apoio a familiares.
Aprendizado e crescimento: Bolsas, treinamentos internos e oportunidades de ascensão nas mais variadas áreas.
Engajamento social: Participação em projetos de impacto social, campanhas de voluntariado e investimento em pautas como diversidade de gênero, raça e orientação sexual.
A pesquisa Panorama Social da América Latina da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) aponta que políticas de inclusão e bem-estar dentro das empresas são estratégicas para a melhora do clima organizacional e para manter os talentos nas Américas. Além disso, relatórios do Banco Mundial reforçam a necessidade de investimentos em capital humano para sustentar o crescimento das empresas e da sociedade como um todo.
Iniciativas inspiradoras nos melhores ambientes corporativos
Muitas das organizações que aparecem no topo do ranking se destacam por práticas que extrapolam o básico. Por exemplo, programas internos que estimulam inovação aberta (“intrapreneurship”), ações afirmativas para contratação de grupos sub-representados, escritórios desenhados para favorecer a convivência saudável e processos de liderança participativa.
Ouvir diretamente dessas pessoas que vivem o dia a dia dessas empresas faz toda a diferença:
“Sinto que posso ser quem eu sou no ambiente de trabalho, finalmente me sinto aceito.” (Funcionário de multinacional de tecnologia)
“Anos atrás, pensava que saúde mental era papo de RH. Aqui, meu gestor incentiva que eu tire férias e respeita meus horários. Isso é raro.” (Profissional de financeira)
Diversidade de setores: tecnologia à panificação
Um tema recorrente aqui no Bom dia, América!, e que aparece com força nesta lista, é a heterogeneidade dos setores. Embora nomes de tecnologia sejam frequentes, companhias de varejo, bancos e indústrias alimentícias também aparecem em destaque. É sinal de que ambientes de respeito, inovação e valorização das pessoas não se restringem à “nova economia”, mas podem ser construídos em qualquer segmento.
Equilíbrio entre empresas tradicionais e inovadoras
O ranking da Forbes surpreende por equilibrar gigantes consolidadas com negócios em ascensão. Grupos como Bimbo, Magalu e Natura &Co disputam espaço com nativas digitais e startups do Vale do Silício. Isso cria uma variedade de perfis e portes empresariais, mostrando que o “emprego dos sonhos” pode estar tanto em companhias centenárias quanto em equipes ousadas que quebram paradigmas.
A inovação está na cultura, não só na tecnologia.
Números de satisfação e pesquisa com funcionários
A Forbes baseia-se não apenas em índices de faturamento, mas principalmente em relatórios internos de RH, avaliações anônimas em plataformas de carreira e feedbacks nos próprios locais de trabalho. Em média, as melhores empresas para trabalhar nas Américas apresentam índices de recomendação superiores a 85% nos principais indicadores de satisfação.
Suporte à saúde mental e física figura entre os benefícios mais valorizados.
Programas antiassédio e combate à discriminação são diferenciais cruciais.
Na pandemia, flexibilidade de horário e home office ganharam importância inédita, mudando para sempre a relação entre empresa e colaborador.
Depoimentos e pequenas grandes histórias
Os comentários de funcionários nas listas da Forbes ajudam a entender o peso dessas iniciativas. Muitas vezes, uma simples mudança na rotina, a criação de salas de descompressão ou o incentivo ao voluntariado transformam a percepção do time:
“Meus gestores incentivam minha criatividade, até quando erro. Aprendo mais onde posso arriscar sem medo.”
“Participei de um programa de carreira internacional e hoje gerencio uma equipe em outro país. Sentir esse crescimento é gratificante.”
Crescimentos, quedas e curiosidades do ranking
Olhar para a dinâmica entre anos é revelador. Algumas empresas tradicionalmente bem colocadas caíram posições por não acompanhar novas demandas dos colaboradores, como expansão da diversidade e flexibilização real dos modelos de trabalho. Outras deram saltos impressionantes.
Salesforce consolidou-se no topo após expandir programas sociais e flexibilizar ainda mais seu expediente.
O Banco Itaú Unibanco escalou posições ao investir em treinamentos de liderança feminina e na ampliação de licenças parentais.
Por outro lado, companhias de tecnologia que não acompanharam o movimento de well-being caíram algumas colocações, um alerta para o papel crescente da saúde mental.
Natura &Co subiu no ranking ao adotar políticas ambientais mais rígidas e abrir canais de escuta ativa aos colaboradores.
Grupo Bimbo surpreende por combinar tradição industrial com práticas inovadoras de inclusão e sustentabilidade.
Essa mobilidade mostra a vitalidade e a competitividade do mercado de trabalho das Américas. Nada está ganho, nem perdido, para sempre.
Como essas empresas inspiram o mercado de trabalho?
Mais do que listar empregadores admirados, esses rankings orientam o olhar de milhares de pessoas e guiam empresas que buscam aprimorar seu ambiente de trabalho. Por aqui, recebemos relatos de leitores do Bom dia, América! que conquistaram empregos melhores depois de estudarem avaliações de mercado.
Profissionais atentos se preparam com base nessas pesquisas para processos seletivos mais alinhados com as culturas desejadas.
Pequenas e médias empresas usam exemplos das líderes para implementar políticas de igualdade, escuta ativa e benefícios flexíveis.
Equipes de RH compartilham internamente histórias inspiradoras das campeãs e ajustam práticas de gestão para atrair e reter talentos.
Os dados indicam: empresas que valorizam pessoas são mais resilientes em tempos de crise e geram resultados sustentáveis a longo prazo. Como mostram relatórios do Banco Mundial para a América Latina e Caribe, o investimento em capital humano tem impacto direto na prosperidade coletiva.
Ambientes saudáveis atraem e retêm os melhores profissionais.
Produtos da Amazon e infoprodutos Hotmart recomendados
Se você busca impulsionar sua carreira e mergulhar no universo das organizações que mais atraem talentos, sugerimos três recursos valiosos para complementar sua jornada:
Debates, tendências e futuro do emprego nas Américas
Ao fazermos este levantamento no Bom dia, América!, queremos mais do que apenas listar grandes nomes, buscamos provocar reflexão sobre quais valores realmente fazem uma empresa ser referência em clima corporativo. Sabemos que transformações sociais, acesso à educação e respeito à diversidade ainda são desafios no continente, como apontam estudos do Panorama Social da América Latina da CEPAL.
Os rankings mudam, tendências evoluem e novos desafios surgem. Mesmo assim, acreditamos que a essência de um bom lugar para trabalhar envolve ouvir de verdade, respeitar diferenças, abrir espaço para que talentos floresçam e transformar experiências em histórias únicas.
Grandes empresas podem inspirar, mas pequenas ações, de cada gestor, colega ou equipe, geram movimentos de mudança. Somos protagonistas desse cenário.
Construir ambientes de trabalho melhores começa por pequenas atitudes diárias.
Conclusão: inspiração para carreiras e empresas
No Bom dia, América!, entendemos que a busca por ambientes de trabalho saudáveis não deve ser apenas pauta para rankings anuais, mas um compromisso coletivo pela melhoria da vida nas nossas cidades, empresas e lares. O exemplo das líderes é fundamental, sim, mas acreditamos em mudanças verdadeiras que surgem de dentro para fora, todos os dias.
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Referências
Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL). Panorama Social da América Latina, 2023. Disponível em: https://www.cepal.org/pt Acesso em: 10 jun. 2024.
Banco Mundial. Relatórios econômicos da América Latina e Caribe. Disponível em: https://www.worldbank.org/en/region/lac/publication/regional-outlook Acesso em: 10 jun. 2024.
Forbes. America’s Best Employers 2024. Relatório de pesquisa global, 2024.




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